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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quando eu era treinante, em mais um dia frustrante...eu escrevi.

Maternal




Jorra leite da alma

para alimentar um desejo

recém-nascido de ser.

Não era sonho: era nada.

De repente tornou-se

um fragmento do universo

e meio plano futuro.

Surgia um tsunami de anseios

a cumprir o ciclo natural .

Um fazer-se mais mulher

desejo de apego e transformação,

o querer ser marcada no corpo e na alma.

E costurar outro ser em si mesma

e rasgar-se pelo outro com amor.

O que era um apego distante

retorceu sua carne e sangrou em seu grito:

_ Eu quero ser mãe! Eu juro que eu quero!



Ninguém a calava.

Ninguém a ouvia.

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